SUS poderá utilizar membrana amniótica no tratamento de queimaduras

| Créditos: Reprodução/Instagram/@educhem


Hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão adotar a membrana amniótica como curativo biológico para acelerar a cicatrização, especialmente em casos de queimaduras graves. A decisão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) em 9 de maio.

A membrana, parte interna da placenta, é coletada após partos cesarianos com autorização da gestante e processada em bancos de tecidos. Seu uso obedece regras semelhantes às de transplantes, exigindo testes para descartar doenças infecciosas.

Já utilizada em países como EUA e integrantes da União Europeia, a tecnologia teve aplicação emergencial no Brasil após a tragédia da Boate Kiss, em 2013. Segundo o cirurgião plástico Eduardo Chem, da Santa Casa de Porto Alegre, a técnica reduz tempo de internação, custos e riscos de infecção.

O Banco de Tecidos da instituição, um dos quatro do país, espera ampliar o atendimento com a nova alternativa, que poderá beneficiar parte dos mais de 1 milhão de casos de queimaduras registrados anualmente. A aplicação no SUS depende agora da regulamentação pelo Sistema Nacional de Transplantes.

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