Governo Federal e Estadual anunciam R$ 150 milhões para solucionar falta de água nas aldeias indígenas de MS
- porRedação
- 31 de Março / 2025
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Ilustrativa | Créditos: Foto: Thalyta Andrade/TV Morena
O Governo Federal e o Governo de Mato Grosso do Sul destinam quase R$ 150 milhões em projetos e emendas para resolver a falta de água nas aldeias indígenas do estado. O Secretário-Executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, afirmou, em visita a Campo Grande na manhã desta segunda-feira (28), que o recurso inclui repasses federais e projetos viabilizados em parceria com o Governo Estadual.
Além de uma emenda federal de R$ 53 milhões, Eloy destacou iniciativas como um projeto do Governo do Estado, viabilizado via Itaipu, e outro coordenado pelo Ministério dos Povos Indígenas com fundo do Mercosul. O valor total, segundo o Secretário-Executivo, será aplicado para resolver a questão do abastecimento de água nas comunidades indígenas.
O governador de MS, Eduardo Riedel, enfatizou a importância da parceria entre as esferas de governo para a resolução do problema, destacando que a falta de água impacta diretamente em conflitos indígenas no estado. Riedel também defendeu o afastamento da disputa fundiária, focando no desenvolvimento das comunidades, com ênfase em água potável, habitação e saúde.
Após protestos e bloqueios, os indígenas de Dourados receberam dois poços para aumentar o acesso à água. No entanto, o abastecimento completo ainda está distante. O Governo de MS investiu R$ 490 mil como parte de um acordo com lideranças indígenas e representantes do Governo Federal e do município, firmado na semana passada.
A solução definitiva para o problema, segundo a secretária de Cidadania, Viviane Luiza, começou a ser discutida em 2023, quando o Estado se propôs a estudar e elaborar um projeto para a gestão da água. A recente reunião no MPF, que durou mais de quatro horas, culminou na assinatura de um compromisso entre as lideranças indígenas e o Governo Estadual sobre o fornecimento de água potável nas aldeias Jaguapiru e Bororó.
O procurador do MPF, Marco Antônio Delfino, considerou o compromisso um passo importante para a resolução do problema estrutural, destacando o otimismo com os recursos liberados pelos Ministérios dos Povos Indígenas e da Saúde. A medida representa um início de solução para uma questão que envolve grande complexidade, especialmente em Dourados, onde a população indígena é expressiva.