Professores e trabalhadores da educação das redes municipal e estadual de Campo Grande decidiram, em assembleias realizadas nesta terça-feira (22), aderir ao Dia Nacional de Paralisação, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A ação integra a 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

A decisão, tomada em conjunto pela Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e pelo Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), resultará na suspensão das aulas nas escolas das redes municipal e estadual da Capital e de outros municípios do estado nesta quarta-feira (23).

O movimento, que conta com o apoio de diversas entidades, visa protestar contra o que os organizadores consideram "ataques" à educação pública e reivindicar a valorização dos profissionais da área.

Entre as pautas defendidas pela paralisação estão a realização de concursos públicos, o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, a revisão salarial de 12,14% para todos os segmentos da educação pública, a revogação da alíquota previdenciária de 14% para aposentados e melhores condições de trabalho.

Em Campo Grande, a mobilização terá início às 9h na Praça do Rádio Clube, de onde os participantes sairão em passeata pelas ruas centrais da cidade.

Além da paralisação e da passeata, a semana será marcada por debates e palestras sobre temas como a privatização das escolas públicas. Às 14h da quarta-feira (23), a Fetems promoverá uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), em parceria com os deputados estaduais Pedro Kemp e Gleice Jane (PT), para debater o Projeto de Lei 2614/2024, que institui o novo Plano Nacional de Educação (PNE). A audiência também contará com uma palestra da professora Andréia Militão, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).