Neno Razuk, deputado estadual pelo PL, é agora réu em processo criminal por supostamente liderar um grupo envolvido com o jogo do bicho no estado de Mato Grosso do Sul. A denúncia foi aceita pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2023.

De acordo com informações obtidas pelo Midiamax, o advogado de defesa de Neno, João Arnar, afirmou que ainda não recebeu notificação sobre a denúncia ou seu recebimento. Consequentemente, dado que Neno não foi formalmente informado dos procedimentos legais, sua defesa optou por não se pronunciar no momento.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) aponta Neno Razuk como o novo líder do jogo do bicho no estado. Segundo a denúncia apresentada na Operação Sucessione, o deputado é acusado de liderar uma organização criminosa envolvida em roubo qualificado, exploração de jogos de azar, corrupção, entre outros crimes.

Gilberto Luiz, identificado como gerente do grupo, tinha a responsabilidade de proteger Neno Razuk, conforme revelado pela investigação. Embora tenha havido um pedido de prisão temporária para o deputado durante a operação, este foi negado devido ao seu foro privilegiado.

O juiz de direito Robson Celeste Candeloro, ao negar o pedido de prisão, ressaltou que, embora a imunidade formal parlamentar impeça a prisão temporária de Neno, o crime de organização criminosa é considerado permanente, o que permite a prisão em flagrante, caso seja necessário. Ele também destacou a ineficácia de outras medidas cautelares no caso concreto, indicando a prisão temporária como uma medida indispensável para a continuidade da investigação criminal em curso.