David Cloky Hoffmam Chita, despachante foragido há nove meses e réu em duas ações penais por fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), contratou dois novos advogados e pode se entregar à polícia. A defesa, agora sob responsabilidade de André Borges e Vander Ricardo Gomes de Oliveira Almeida, confirma o acompanhamento do caso e o estudo de medidas para garantir a liberdade de Chita.

O despachante é acusado de liderar um esquema de corrupção que causou prejuízo de cerca de R$ 2 milhões aos cofres públicos, envolvendo inserção de dados falsos no sistema do Detran-MS. A prisão preventiva de Chita foi decretada pela Justiça, mas ele permanece foragido desde junho de 2024, quando não foi localizado para o cumprimento do mandado.

Chita ganhou notoriedade durante as eleições para prefeito de Campo Grande em 2023, ao acusar o então candidato Beto Pereira (PSDB) de envolvimento no esquema de corrupção, alegação negada pelo deputado federal. A proposta de delação premiada oferecida pelo despachante foi rejeitada pelo Ministério Público.

A investigação aponta que Chita atuava em conjunto com a servidora comissionada do Detran-MS Yasmin Osório Cabral, que chegou a ser presa, mas obteve prisão domiciliar após informar gravidez. O caso segue em investigação pelo DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).