A Cervejaria Império, com diversas razões sociais no Brasil, está sob investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul por suspeita de sonegação de ICMS. A Delegacia Especializada de Defraudações e Crimes Fazendários (Dedfaz) abriu inquérito após apreensões da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) indicarem que a empresa pode estar utilizando notas fiscais de outros estados para simular trânsito de mercadorias entre filiais e evitar o pagamento de impostos.

A investigação teve início após a apreensão de duas carretas da cervejaria em Campo Grande, em novembro do ano passado. Os fiscais da Sefaz suspeitam que a empresa utiliza notas de filiais em Cuiabá (MT) e Alagoas para triangular o transporte de cerveja produzida em Minas Gerais, desviando o destino final da mercadoria para Mato Grosso do Sul.

A prática já havia sido alvo de outras autuações no estado, com apreensões anteriores no posto fiscal de Alencastro, em Paranaíba. Em novembro de 2022, a Cervejaria Império também foi alvo da Operação Ceres da Polícia Federal, que investigava esquema de sonegação de ICMS em São Paulo, Minas Gerais e Maranhão, através de vendas entre unidades industriais com preços abaixo do mercado.

A Cervejaria Império, que em Campo Grande opera sob a razão social Big Field Distribuidora de Bebidas, ainda não teve diligências realizadas contra si. Os sócios da Big Field são Carlos Cesar Santos Sorato, dono da cervejaria, e a empresa Proteção Participações, também de sua propriedade. As empresas Via Appia (MG/MT) e Kuala Lampur (AL), envolvidas na operação suspeita, também pertencem a Sorato.