Brasil aposta em diplomacia, mas não descarta reação a tarifa de Trump
- porRedação
- 04 de Abril / 2025
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| Créditos: Reprodução/Rádio Pampa
O governo brasileiro tenta evitar o uso da nova Lei da Reciprocidade Comercial, aprovada pelo Congresso, em resposta à tarifa de 10% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Apesar da defesa do diálogo, o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, não descartam medidas contra a decisão dos Estados Unidos.
Alckmin, que lidera as conversas com os norte-americanos, elogiou a nova legislação, mas reforçou que o Brasil prioriza a solução diplomática. Para ele, “ninguém ganha numa guerra tarifária”. Uma reunião técnica entre os dois países está prevista para a próxima semana.
Lula afirmou que tomará “todas as medidas cabíveis para defender empresas e trabalhadores brasileiros”, citando a lei recém-aprovada e as regras da Organização Mundial do Comércio. Segundo ele, o Brasil defende o livre comércio e responderá a tentativas de protecionismo.
A Lei da Reciprocidade autoriza a Camex a adotar contramedidas proporcionais contra países que prejudiquem o Brasil com barreiras comerciais, ambientais ou violações a acordos internacionais. A proposta prevê ainda a busca por soluções diplomáticas antes de qualquer sanção. A senadora Tereza Cristina, relatora no Senado, afirmou que o objetivo não é retaliar, mas proteger setores estratégicos da economia.