A participação da senadora Soraya Thronicke (Podemos) e do deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) na comitiva oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Vaticano, onde será realizado o funeral do Papa Francisco neste sábado (26), em Roma, gerou questionamentos sobre a necessidade da presença dos parlamentares de Mato Grosso do Sul no evento, especialmente com o uso de recursos públicos.

A cerimônia fúnebre, marcada para as 5h (horário de Brasília) na Praça de São Pedro, também contará com a presença da primeira-dama, Janja da Silva, e de outras autoridades brasileiras.

A discussão sobre o tema foi levantada pelo ex-juiz federal e ex-candidato ao governo, Odilon de Oliveira, em um grupo de WhatsApp vinculado ao site Conteúdo MS. “Acho que deveriam comparecer apenas o presidente da República, alguns assessores e, no máximo, o presidente do Congresso. Deputados, senadores e outros nem serão percebidos ou vistos. Quem pagará toda essa despesa? O presidente do Senado e o da Câmara não representam os demais parlamentares? Faz falta, nessas horas, um Ministério Público independente e atuante”, afirmou.

Outros participantes do grupo também manifestaram críticas à presença de parlamentares na comitiva. A advogada Neiva Isabel comentou: “Quem? Adivinha, não precisa ser vidente para fazer a previsão, nós os brasileiros.” Já a empresária Jaqueline Vargas classificou a viagem como um desrespeito aos contribuintes: “O dinheiro tá fácil, solto! Mas todos lembraremos na próxima eleição desses que hoje estão esbanjando nosso dinheiro suado. Absurdo!”

A reportagem tentou contato com o deputado Dagoberto Nogueira, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Também foram feitas tentativas de contato com a senadora Soraya Thronicke, sem sucesso.