O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) determinou a contratação de uma equipe especializada em loterias para revisar o edital da licitação que escolherá o gestor da Loteria Estadual de Mato Grosso do Sul (Lotesul). A medida segue uma denúncia feita por Jamil Name Filho (Jamilzinho) e a empresa Criativa Technology, que alegaram suspeita de direcionamento no processo licitatório devido às exigências técnicas excessivas.

Em resposta, o conselheiro Márcio Monteiro suspendeu a licitação no dia 9 de abril, até que a Corte de Contas analise a possível irregularidade. O despacho da Divisão de Fiscalização de Contratações Públicas sugere a contratação de especialistas para examinar a compatibilidade das especificações técnicas e a razoabilidade dos custos.

A licitação, que poderia gerar até R$ 1,4 bilhão anuais, inclui a operação de jogos eletrônicos, apostas esportivas e jogos de cassino on-line. Há especulações de que o edital favoreça a empresa PayBrokers, que já controla a loteria estadual do Paraná e foi investigada pela Polícia Civil de Pernambuco por suspeitas de envolvimento com jogos de azar.

A decisão de suspender a licitação busca evitar prejuízos ao interesse público até que o Tribunal esclareça a legalidade do processo. A empresa vencedora ficará responsável pela gestão da Lotesul por até 35 anos.