Trabalhadores dos hospitais universitários de Campo Grande e Dourados se preparam para greve nesta quinta-feira

| Créditos: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax

Os trabalhadores do setor de saúde do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) realizaram um ato nesta terça-feira (30) em busca de melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial. A mobilização antecede a greve anunciada para esta quinta-feira (2).

Wesley Cassio Goully, presidente do Sindserh-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Empresa Pública de Serviços Hospitalares de Mato Grosso do Sul), esteve em uma reunião com a presidência da Ebserh (Empresas Brasileira de Serviços Hospitalares) para discutir as demandas da categoria. No entanto, as negociações não alcançaram um acordo satisfatório, resultando na manutenção da greve, conforme anunciado na segunda-feira.

Segundo o presidente do Sindserh-MS, a última proposta apresentada foi de um reajuste de 2,15%, enquanto a proposta atual é de 2,5%. Apesar do aumento de 0,35%, os trabalhadores recusaram a oferta.

Aproximadamente 2,5 mil trabalhadores atuam nos hospitais universitários de Campo Grande e Dourados, ambos os quais aderirão à greve. Segundo eles, o aumento salarial proposto representa uma redução real nos rendimentos, considerando o histórico de reposições abaixo da inflação.

Uma nova assembleia está agendada para quinta-feira, onde serão definidos os detalhes da greve, que começará após a reunião. Os trabalhadores afirmam que as propostas apresentadas até o momento são insuficientes e prometem continuar lutando por melhores condições.

A mobilização não se restringe apenas a Campo Grande e Dourados, mas também alcança outras regiões do país, como Paraíba, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Alagoas, Amazonas, Pernambuco, Minas Gerais e Distrito Federal.

Participam do movimento profissionais de diversas áreas, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, técnicos de laboratório e equipe administrativa, entre outros.

Ana Paula, funcionária do Humap há quase dois anos, destaca as precárias condições de trabalho na farmácia popular onde atua. Ela espera por uma resposta satisfatória da gestão hospitalar.

As reivindicações da categoria incluem um reajuste salarial de 14,07% e melhores benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-creche. A paralisação será parcial, respeitando a regulamentação para serviços essenciais.

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