A poucas sessões de perder seu mandato na Câmara Municipal de Campo Grande, Cláudio Jordão de Almeida Serra, conhecido como "Claudinho Serra" (PSDB), solicitou um afastamento de trinta dias, alegando estar "psicologicamente abalado". Esta decisão ocorre após sua ausência durante 23 dias devido a sua detenção em uma operação contra corrupção na Prefeitura de Sidrolândia.

Claudinho Serra explicou à Câmara que presenciou a morte de um colega detento na prisão, o que o afetou profundamente, necessitando assim de tratamento. O falecido, José Roberto de Souza, de 54 anos, também estava detido no Centro de Triagem Anísio Lima e veio a óbito devido a problemas cardíacos em 19 de abril.

O presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, conhecido como "Carlão", comentou sobre a situação, destacando que Claudinho Serra poderia ter optado por continuar suas atividades legislativas, inclusive de forma remota, mas escolheu seguir o tratamento médico.

Em relação aos dias de ausência, o presidente afirmou que serão descontados conforme o Regimento Interno da Casa de Leis, porém a determinação final sobre o pagamento será feita pela procuradoria. A primeira sessão da semana ocorre nesta terça-feira (30), porém, Claudinho Serra anunciou que não estará presente.

Claudinho foi detido em 3 de abril durante a 3ª fase da Operação Tromper, que investiga um esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações para contratos milionários com a Prefeitura de Sidrolândia. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou 22 indivíduos, incluindo Claudinho Serra, por envolvimento no esquema fraudulento.