A Santa Casa de Campo Grande enfrenta superlotação em meio à crise financeira. Relatório enviado à 76ª Promotoria de Justiça revela que todos os setores do pronto-socorro estão com ocupação acima da capacidade, chegando a 557% no PS Verde Adulto, que tinha 39 pacientes para apenas 7 leitos.

O documento, datado de 14 de abril e encaminhado pela diretoria da Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande (ABCG), levou o promotor Marcos Roberto Dietz a solicitar explicações à Secretaria Municipal de Saúde. O município tem 15 dias para informar quais medidas estão sendo tomadas para aliviar a superlotação em áreas como os prontos-socorros adulto e pediátrico, centro cirúrgico e centro obstétrico, além de indicar se há plano de redirecionamento de pacientes para outras unidades.

Paralelamente, o Ministério Público de Contas de Mato Grosso do Sul solicitou auditoria nas contas da Santa Casa, questionando a suficiência dos repasses públicos e a gestão dos recursos. A representação foi protocolada junto ao Tribunal de Contas do Estado com pedido de medida cautelar.

Segundo o procurador de contas substituto Matheus Henrique Pleutim de Miranda, a auditoria busca esclarecer se há subfinanciamento por parte do poder público ou falhas na gestão dos recursos, com impacto direto na população que depende do hospital.