Réus por desvio de R$ 13,2 milhões da Agepen serão julgados por improbidade em junho

| Créditos: Reprodução/AGEPEN/Ilustrativa


O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos de Campo Grande, marcou para 17 de junho, às 14h, a audiência de instrução e julgamento de 12 réus acusados de improbidade administrativa por desvio de R$ 13,2 milhões da Agepen (Agência Estadual de Gestão do Sistema Penitenciário). A ação foi proposta em 2019 pelo Ministério Público Estadual, com base em supostas fraudes ocorridas entre 2014 e 2015.

Segundo a denúncia, seis servidores públicos e seis empresários teriam fraudado contratos e superfaturado compras de materiais e alimentos para unidades penais. Entre os servidores está o ex-diretor-presidente da Agepen, coronel Deusdete Souza de Oliveira Filho. Entre os empresários, estão integrantes das empresas Whitsell & Fabricio Ltda, Comercial T&C Ltda e Campagna Júnior e Cia. Ltda.

O MPE aponta pagamento de quase R$ 3 milhões por colchões, dos quais apenas 24% foram entregues, além de gastos com materiais de construção que não chegaram ao destino. Após a saída dos gestores denunciados, os gastos com itens como alimentação, higiene e colchões caíram cerca de R$ 15 milhões, mesmo com o aumento da população carcerária.

A empresária Paula Sue Whitsell desistiu da realização de perícia. O juiz também solicitou cópias de depoimentos prestados na 2ª Vara Criminal, onde tramita processo penal sobre os mesmos fatos.

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