MP denuncia dez envolvidos em esquema de fraude a licitações e corrupção em Água Clara

| Créditos: Foto: Divulgação/MPE


O Ministério Público, por meio do GAECO, apresentou denúncia contra dez pessoas envolvidas na Operação Malebolge, deflagrada em 18 de fevereiro de 2025. O caso envolve fraudes em licitações e desvio de recursos públicos no município de Água Clara entre 2022 e 2025.

Os denunciados, entre eles servidores públicos e empresários, são acusados de integrar uma organização criminosa com o objetivo de obter vantagens ilícitas por meio de fraudes a licitações, peculato e corrupção. O empresário Mauro Mayer da Silva, proprietário das empresas ZELLITEC e ROYAL SOLUÇÕES, é apontado como um dos principais responsáveis pelas fraudes, com apoio de servidores públicos que favoreciam suas empresas em licitações.

As servidoras públicas Ana Carla Benette, Jânia Alfaro Socorro e Kamilla Zaine dos Reis Santos Oliveira, da Secretaria Municipal de Educação, são acusadas de emitir ordens de compra fraudulentas e de receber propina. Já Adriana Rosimeire Pastori Fini, Secretária Municipal de Educação, e Denise Rodrigues Medis, Secretária de Finanças, seriam responsáveis por facilitar os pagamentos e receber as propinas.

A investigação também revelou apreensões durante a Operação Malebolge, incluindo R$ 9.000,00 em dinheiro na casa de Ana Carla Benette, valor incompatível com sua remuneração.

O MP pede uma reparação dos danos causados pelo esquema, que pode atingir R$ 22 milhões, incluindo danos materiais e morais ao município. A denúncia resulta de desdobramentos da Operação Turn Off, que apurou crimes semelhantes em Água Clara e Rochedo.

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