PMA investiga quatro possíveis causas para ataque fatal de onça no Pantanal

| Créditos: Foto: Álvaro Rezende/Secom


A Polícia Militar Ambiental (PMA) apura as circunstâncias da morte de Jorge Avalo, 62 anos, atacado por uma onça-pintada no Pantanal sul-mato-grossense. O corpo do caseiro foi encontrado a cerca de 280 metros do rancho onde trabalhava.

Apesar de onças e humanos compartilharem o mesmo ecossistema, ataques fatais como este são considerados incomuns, motivando a investigação da PMA para determinar a causa da agressividade do felino.

Quatro hipóteses principais estão sendo consideradas:

  • Escassez de alimento: A falta de presas naturais poderia levar a onça a buscar outras fontes de alimentação.
  • Comportamento defensivo: O animal pode ter se sentido ameaçado e agido em autodefesa.
  • Período reprodutivo: A disputa por território e fêmeas nessa fase pode tornar os machos mais agressivos.
  • Atitude involuntária da vítima: Há a possibilidade de que Jorge estivesse carregando mel, o que poderia ter atraído o animal.

A polícia informou que câmeras de segurança na propriedade não estavam funcionando no momento do ataque. A prática de "ceva" (fornecer alimentos a animais selvagens) é considerada perigosa e proibida por leis federais, estaduais e municipais, pois pode levar os animais a associarem humanos à comida.

O caso, inicialmente tratado como desaparecimento após vestígios de sangue serem encontrados, teve uma reviravolta com a localização do corpo de "Seu Jorge" em uma área de mata fechada, indicada por familiares. O ataque teria ocorrido na manhã de segunda-feira (21). Marcas de sangue e animais carniceiros foram vistos no local horas depois.

Moradores da região identificaram o modo de ataque da onça, que se escondeu às margens do Rio Miranda antes de atacar. A área é conhecida por atrair turistas e pescadores, e a proximidade entre humanos e animais selvagens pode aumentar em períodos de cheia.

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