O sargento da Polícia Militar, Hellison Netto Verão, de 38 anos, é suspeito de ter assassinado Hélio Bonilha Santana, de 49, na noite de sábado (19), em Campo Grande. O crime ocorreu em uma residência localizada na Rua das Marés, no bairro Coronel Antonino.

Segundo informações, a confusão teria começado após Hélio e sua esposa se desentenderem. Durante a discussão, que incomodou os vizinhos, a esposa de Hélio teria gritado pelo muro, sendo ouvida por Hellison, que invadiu a casa e atirou contra a vítima. Hélio foi socorrido e levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Hellison, que está lotado no 1º Batalhão da Polícia Militar, não foi encontrado pela reportagem. Após a tentativa de contato por telefone e mensagem de WhatsApp, o sargento informou que seu advogado entraria em contato. De acordo com fontes, ele deveria se apresentar à polícia na segunda-feira (21), mas até o momento não havia se entregado, o que foi confirmado pela mãe do policial.

Em nota oficial, a Polícia Militar declarou que, a princípio, o caso é tratado como um crime comum e a apuração ficará a cargo da Polícia Civil. A corporação também informou que sua Corregedoria-Geral já está ciente do ocorrido e tomará as medidas administrativas necessárias para apurar o caso.

De acordo com a esposa da vítima, Juscelene Rodrigues, o casal estava reunido em casa com os filhos e os pais de Hélio quando o desentendimento aconteceu. Ela relatou que, após uma troca de palavras agressivas e um grito de sua parte, Hellison teria entrado na residência, sem dizer nada, e atirado contra Hélio, que caiu no local.

A discussão teria sido motivada por ciúmes, pois Hélio não teria gostado do fato de sua esposa ter chegado em casa em um carro de aplicativo. Moradores da rua afirmaram que as brigas entre o casal eram frequentes e relataram que o sargento não morava na residência, mas era amigo do proprietário da casa.

A esposa de Hélio expressou sua indignação, afirmando que a atitude de Hellison foi uma "covardia" e pedindo que ele fosse responsabilizado. “Ele veio para matar. Foi uma grande covardia. Quero que ele pague. Se ele for policial mesmo, não pode ficar impune, não deveria fazer isso”, concluiu.