PL da Anistia: Diretor da PF classifica como “Inaceitável” impunidade por atos de 8 de Janeiro
- porRedação
- 13 de Abril / 2025
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| Créditos: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, manifestou sua oposição ao projeto de lei que visa anistiar os condenados pelos atos de vandalismo e tentativa de golpe de Estado ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Durante sua participação na Brazil Conference, em Harvard, neste sábado (12), Rodrigues classificou como "inaceitável" a possibilidade de não punir crimes de tamanha gravidade.
O diretor da PF enfatizou a seriedade dos eventos, mencionando planos de assassinato contra o presidente, o vice-presidente e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ele destacou que os atos não se resumiram a vandalismo, mas envolveram planos de ruptura democrática e ataques às instituições brasileiras com potenciais consequências "inimagináveis".
Rodrigues ressaltou o respeito ao Congresso Nacional como foro de debates, mas defendeu firmemente a necessidade de responsabilização proporcional à gravidade dos crimes, ecoando a "primorosa denúncia" da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal.
Questionado sobre a autonomia da PF diante de sua proximidade com o governo, Rodrigues considerou "engraçadas" as suposições de relação pessoal com o presidente Lula, afirmando que o vínculo é estritamente institucional, baseado na confiança em seu trabalho. Ele sublinhou que a PF atua com independência, sem considerar a posição política ou econômica dos envolvidos, e criticou indiretamente as práticas da Operação Lava-Jato, ao afirmar que sua gestão prioriza a discrição e a institucionalidade, evitando "espetáculos" midiáticos nas operações policiais.
*Com informações do Estadão Conteúdo