Soraya Thronicke é citada em denúncia de pedido de R$ 40 milhões na CPI das Apostas

| Créditos: Reprodução/Redes Sociais


A Comissão Parlamentar de Inquérito das Apostas Esportivas, apelidada de “CPI das Bets”, ganhou novos contornos com denúncias de tráfico de influência, pagamento de propina e atuação de lobistas com supostas ligações a parlamentares. O cenário mudou após o pedido de convite ao lobista Silvio de Assis, apresentado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), durante sessão inicialmente destinada a ouvir a influenciadora digital Virgínia Fonseca, nesta terça-feira (21).

Girão relembrou denúncias de que Silvio de Assis seria peça central em um suposto esquema de extorsão contra empresários do setor. Segundo o senador, haveria uma prática de cobrança de valores para que determinados empresários não fossem convocados a depor na CPI. Em troca, esses empresários obteriam o que chamou de “benefício da invisibilidade”, sem precisar prestar esclarecimentos à comissão.

A Revista Oeste confirmou que o nome de Silvio de Assis foi citado em uma reunião realizada no ano passado entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O tema do encontro teria sido justamente denúncias sobre tentativas de extorsão a empresários ligados às casas de apostas. Parlamentares também relataram haver indícios de que os requerimentos da CPI estariam sendo direcionados de forma seletiva — ou seja, empresários que contribuiriam financeiramente com o esquema não seriam convocados.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, foi mencionada nas denúncias. De acordo com um relato atribuído ao lobista Silvio de Assis e trazido a público por Girão, Soraya teria solicitado R$ 40 milhões para evitar a convocação de empresários ligados ao setor de apostas. A senadora ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações.

Compartilhe: