PF prioriza investigação contra juiz afastado e reforça acusações na Operação Ultima Ratio

| Créditos: Reprodução/O Jacaré


A Polícia Federal concentra esforços na conclusão da investigação contra o juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível de Campo Grande, afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A análise dos materiais da Operação Ultima Ratio, deflagrada em outubro de 2024, fortaleceu as acusações contra o magistrado.

Oliveira, conhecido pelo patrimônio milionário acumulado em 25 anos de magistratura, foi afastado em dezembro pelo corregedor nacional de Justiça e teve a medida mantida pelo plenário do CNJ. Segundo a PF, ele possui uma fazenda avaliada entre R$ 30 milhões e R$ 70 milhões, um avião de R$ 1,3 milhão e negociava outra propriedade de R$ 18 milhões.

A PF também apura a participação do juiz em um golpe de R$ 5,5 milhões contra um aposentado no Rio de Janeiro. O despacho autorizando o saque do valor ocorreu 17 minutos antes da liberação do dinheiro.

Além do juiz, a PF reuniu elementos para que o procurador-geral da República proponha ação penal por corrupção contra desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. O ministro Cristino Zanin, do Supremo Tribunal Federal, aguarda manifestação do PGR para decidir sobre a manutenção dos afastamentos.

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