A operação Last Chat, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), já cumpriu até o momento desta quarta-feira (24) diversos mandados de prisão. Entre os detidos estão a manicure Dayane Kethulleen Motta de Moura e outras seis mulheres. A investigação aponta para a participação de policiais militares, servidores públicos e advogados em uma quadrilha de tráfico de armas e drogas liderada por Rafael da Silva Lemos, conhecido como “Gazela” ou “Patrão”.

Dayane foi alvo de mandado de busca e apreensão e de prisão nesta manhã, sendo conduzida para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. A defesa da manicure afirma que ainda não teve acesso ao teor da investigação, destacando a surpresa da cliente com a operação.

De acordo com o advogado Tales Morelli, que representa Dayane, ela é investigada, mas sua profissão é de manicure. Morelli enfatiza que a cliente ficou surpresa com a ação policial e que, até o momento, não há informações sobre a defesa a ser apresentada.

Em outra frente da operação, Suellen Pereira de Souza, natural do Ceará, também foi presa. Suellen, que já possui antecedentes por tráfico de drogas, foi denunciada pelo Ministério Público em novembro de 2022. Segundo as autoridades, ela foi encontrada em posse de 53 pés de maconha cultivados em uma estufa, além de outros materiais relacionados ao comércio de entorpecentes.

Outro nome envolvido na operação é Aldair Antônio Garcia, denunciado em abril de 2021 por tráfico de drogas. Garcia, que estava sob custódia da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), foi acusado de manter um depósito contendo vários tabletes de cocaína na Vila Piratininga.

Além das prisões mencionadas, três advogados, cujas identidades não foram divulgadas, assim como policiais militares e servidores públicos, também foram alvos da operação. No total, estão sendo cumpridos 55 mandados judiciais de busca e apreensão e de prisão. A operação Last Chat é um desdobramento da operação Courrier e visa desmantelar uma quadrilha liderada por Rafael da Silva Lemos, que operava uma rede sofisticada de distribuição de drogas e armas de grosso calibre.