Chiquinho Brazão, preso em Campo Grande, afirma inocência em discurso por videoconferência na Câmara

| Créditos: Reprodução YouTube

O deputado Chiquinho Brazão, atualmente detido no Presídio Federal em Campo Grande sob acusações relacionadas aos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, fez uma declaração nesta quarta-feira (24) durante a sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Participando por meio de videoconferência, Brazão, que está sob análise para possível cassação de mandato, afirmou sua intenção de provar sua inocência e demandar retratações daqueles que o acusaram.

"Ao final de tudo isso, eu provando, e provarei a minha inocência, que pudessem, aqueles que já ouvi em outros momentos aqui, se retratar futuramente em relação à minha família porque meus filhos, meus netos, meus irmãos, todos, com certeza, estão sofrendo muito devido à opinião popular. E a palavra de um deputado, o alcance é muito grande. Vou me resumir a dizer para vocês que sou inocente e provarei a minha inocência", declarou.

Chiquinho Brazão, que já exerceu quatro mandatos como vereador no Rio de Janeiro e está em seu segundo mandato como deputado federal, relembrou seu histórico político durante o discurso.

Detenção e Desdobramentos da Operação

O deputado federal Chiquinho Brazão foi transferido para o Presídio Federal em Campo Grande em 27 de março, cercado por um contingente policial composto por agentes da Polícia Federal, Militar e policiais penais federais. Sua prisão ocorreu em 24 de março como parte de uma operação da Polícia Federal relacionada ao caso Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, cujo assassinato, junto com o do motorista Anderson Gomes, ocorreu em 2018. O irmão de Chiquinho também foi transferido, mas para Porto Velho.

O delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de envolvimento no crime, será encarcerado em Brasília. Brazão e seu irmão são apontados na investigação como possíveis mandantes do assassinato de Marielle, enquanto Rivaldo Barbosa é acusado de proteger os suspeitos.

Além dos homicídios, o trio também enfrenta acusações relacionadas à tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A operação, realizada em colaboração entre a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visa os supostos autores intelectuais dos crimes de homicídio, além de investigar a possibilidade de organização criminosa e obstrução de justiça.

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