Enquanto muitos se preparavam para celebrar o Natal em seus lares, uma nova caravana de migrantes iniciou sua jornada em Tapachula, no estado de Chiapas, rumo à fronteira com os Estados Unidos. Composta por cerca de 8 mil pessoas, principalmente de nações da América Central e do Sul, incluindo famílias completas, mulheres com crianças, jovens e adolescentes, o grupo busca escapar da pobreza e da violência, almejando um futuro melhor nos EUA.

Esta migração ganhou o nome de "Êxodo da Pobreza", e sua progressão foi marcada por paradas em locais como parques, onde receberam auxílio de igrejas e residentes locais. A Guarda Nacional e a polícia observaram a marcha sem intervir. Os relatos dos migrantes revelam as dificuldades enfrentadas, incluindo o cansaço das longas caminhadas, especialmente para as crianças.

Enquanto isso, os números oficiais demonstram um aumento significativo nas detenções de migrantes nos pontos de cruzamento para os EUA. Essa situação despertou preocupação nos governos do México e dos Estados Unidos, levando a medidas como o fechamento de postos fronteiriços e a promulgação de leis mais rígidas contra a imigração, ameaçando as relações diplomáticas entre os países.

As autoridades mexicanas têm pressionado por uma abordagem mais cooperativa e sustentável para lidar com o fenômeno migratório, buscando soluções estruturais para resolver as causas subjacentes da migração em massa. Nesse sentido, está agendada uma reunião bilateral entre altos funcionários do México e dos EUA para discutir medidas adicionais de fiscalização exigidas por Washington, visando a reabertura dos pontos de passagem na fronteira.

Enquanto os líderes políticos debatem estratégias, a jornada dos migrantes continua. O Ano Novo se aproxima, mas para eles, será mais uma data marcada pela incerteza e pela busca por um futuro mais seguro, enquanto atravessam o território mexicano em direção aos Estados Unidos.