“Nem para lá, nem para cá, o Brasil Cansou dos Extremos”

| Créditos: Foto: Reproução/PARA LÁ E PARA CÁ by Editora Bamboozinho - Issuu

Se há algo que a política brasileira tem mostrado nos últimos tempos, é que os extremos estão perdendo força. A polarização ferrenha, que dominou as eleições e os debates nos últimos anos, começa a dar sinais de desgaste. 

Talvez seja o início de uma nova era…

No último domingo, uma manifestação em favor da anistia dos presos de 8 de janeiro, organizada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), reuniu cerca de 200 pessoas em Mato Grosso do Sul – número modesto para um estado onde a direita sempre teve presença marcante. No Rio de Janeiro, reduto bolsonarista, o cenário não foi muito diferente. Mesmo com uma mobilização nacional, não passou de 20 mil participantes, um fracasso se comparado a outros tempos, quando o ex-presidente arrastou multidões.

Do outro lado, Lula (PT) enfrentou sua própria tempestade. Seu governo, que prometia erradicar a fome, convive com um cenário onde até o ovo virou artigo de luxo para os mais pobres. Nas pesquisas, o desgaste é evidente. O petista já teve sua vez de enfrentar a Justiça e até a prisão. Agora, o cerco se fecha contra Bolsonaro, que vê antigos aliados tentando escapar das consequências jurídicas.

A tentativa de mobilizar apoiadores para “convencer” o Supremo Tribunal Federal (STF) em conceder anistia aos presos de 8 de janeiro na verdade soa mais como uma tentativa de aliviar a própria consciência. Afinal, foram seus discursos inflamados que alimentaram a ilusão de que a resistência ao resultado eleitoral poderia ser bem-sucedida. No fim, quem acabou preso foram os seguidores mais fiéis, enquanto os líderes seguem seus jogos políticos.

O que se percebe é que o radicalismo, seja à direita ou à esquerda, já não encontra tanto eco na população. Negacionismo e extremismo andam de mãos dadas e se recusam a aceitar as regras do jogo democrático, mas a paciência dos brasileiros parece estar chegando ao limite. Talvez, enfim, estejamos entrando na era do equilíbrio. 

“Nem à esquerda, nem à direita.”

Chegou a hora de termos um país que governe para todos, com “alguém” que represente a nação e não a si próprio!

Chega de projetos personalistas, de líderes que se consideram donos da nação. A política precisa voltar a servir ao povo – e não a partidos ou grupos específicos.

O jogo está começando para 2026. Há muita água para rolar. Mas uma coisa é certa: o Brasil quer mudança. E dessa vez, sem extremos!

Por Alcina Reis

Jornalista Alcina Reis | Créditos: Arquivo pessoal

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