Por unanimidade, a 4ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o pedido de Francisco Cezário de Oliveira para reassumir a presidência da FFMS (Federação de Futebol de MS). O ex-mandatário foi afastado em outubro do ano passado, após investigação do Gaeco apontou desvio de cerca de R$ 10 milhões da entidade.

O julgamento ocorreu na terça-feira (18), mas o julgamento ainda não foi publicado. O recurso foi analisado pelos juízes convocados Sandra Regina da Silva Ribeiro Artiolli e Cíntia Xavier Letteriello, pelo juiz Wagner Mansur Saad e pelos desembargadores Luiz Tadeu Barbosa Silva e Elisabeth Rosa Baisch.

Cezário argumentou que sua destituição era ilegal, citando a Lei Pelé e alegando ausência de um processo interno na FFMS. No entanto, a entidade anexou trechos do inquérito do Gaeco e sustentou que a decisão abalou os trâmites legais, com direito à defesa do ex-presidente na assembleia geral, na qual quase 70% dos filiados votaram pela sua saída.

A FFMS também destacou irregularidades na gestão do Cezário, como transferências de R$ 2 milhões para parentes, omissão de informações financeiras e falsificação de documentos. A defesa do ex-dirigente sustenta que as acusações ainda estão sob investigação e não foram submetidas a julgamento definitivo.