JBS enfrenta avalanche de processos por mau cheiro em Campo Grande: moradores entram com pedidos de indenização

| Créditos: Ana Laura Menegat

Residentes do bairro Nova Campo Grande inundaram o sistema judiciário com uma enxurrada de ações legais contra a JBS S/A, exigindo compensação e ações corretivas diante do persistente problema de mau cheiro que assola a região de Imbirussu. Em um período de apenas três dias, entre 28 de fevereiro e 1º de março, foram protocolados nada menos que 20 processos contra o frigorífico localizado na Avenida Duque de Caxias.

O advogado Francisco das Chagas de Siqueira Júnior, do escritório Siqueira & Biava Advogados, representa os moradores em suas demandas legais. As ações visam a obtenção de indenizações por danos morais ambientais, perdas materiais e danos, além de exigir medidas concretas para resolver a situação.

Os valores pleiteados nas ações variam entre R$ 25 mil, R$ 50 mil, R$ 75 mil e R$ 150 mil, dependendo do número de indivíduos incluídos em cada processo. Adicionalmente, os moradores também reivindicam compensações pela desvalorização de suas propriedades devido à proximidade com a unidade da JBS.

Os reclamantes argumentam que a unidade em questão opera atividades que geram "incômodo e aflição", forçando os residentes a se confinarem em suas casas para escapar dos transtornos. A emissão de resíduos tóxicos decorrentes da produção do frigorífico, como resultado da queima de fornos, é apontada como a principal causa do problema.

O texto das petições destaca a responsabilidade da JBS pela situação, citando o Código Civil e a legislação ambiental vigente. A empresa é acusada de não ter adotado medidas adequadas para mitigar os odores provenientes de suas instalações, apesar de operar dentro dos parâmetros legais.

Além das questões relacionadas ao mau cheiro, os moradores expressam preocupações com os impactos à saúde pública e à desvalorização contínua de suas propriedades. As ações judiciais buscam não apenas compensações financeiras, mas também medidas efetivas para resolver o problema, incluindo a correção das falhas nas instalações da empresa.

Até o momento, os processos aguardam apreciação judicial, enquanto os moradores aguardam uma solução para o que descrevem como um problema persistente e prejudicial à qualidade de vida na região.

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