A incorporação do Podemos pelo PSDB deve provocar mudanças no cenário político de Mato Grosso do Sul. Com a fusão, o PSDB ganhará fôlego e garantirá sua sobrevivência no Estado até, pelo menos, 2028.

A medida extingue o Podemos e permite que seus filiados mudem de partido. Já os eleitos pelo PSDB só poderão trocar de sigla durante a janela partidária de 2028, o que consolida a presença tucana.

A fusão amplia a força do PSDB: na Assembleia Legislativa, o partido passa de seis para sete deputados, com a chegada de Rinaldo Modesto. No Senado, incorpora a senadora Soraya Thronicke. Em Campo Grande, a bancada tucana passa de cinco para sete vereadores com a adesão de Clodoilson Pires e Ronilço Guerreiro. No total, o partido terá cerca de 300 vereadores no Estado.

A incorporação afeta os planos de lideranças como Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, que cogitavam migrar de legenda. Com a mudança, devem manter o PSDB como base política nas eleições de 2026, uma vez que os vereadores eleitos em 2024 não poderão acompanhar uma eventual troca de partido antes de 2028.

Vereadores da Capital que pretendem disputar outros cargos, como Professor Juari (federal), Silvio Pitu, Flávio Cabo Almi e Victor Rocha (estaduais), precisarão concorrer pelo PSDB. Já cargos majoritários — como o do governador Riedel — permitem mudança de sigla a qualquer momento.