Funerárias responsáveis pelo recolhimento de corpos de vítimas de violência em 78 das 79 cidades de Mato Grosso do Sul alertam para a possibilidade de suspensão do serviço. Empresas alegam atraso de até sete meses no pagamento por parte do governo estadual.

Empresários do setor, que preferiram o anonimato por temerem represálias, afirmaram que os pagamentos, normalmente realizados em 30 dias, estão atrasados desde agosto de 2023 em alguns casos.

Carla Ferreira, presidente da Associação das Funerárias do Interior de MS (Afims), declarou que a entidade aguarda um relatório atualizado das notas empenhadas para iniciar negociações com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Ferreira ressaltou que a Afims não confirma a paralisação e que o diálogo é a melhor solução para o impasse.

A Afims, que representa 80 empresas funerárias, orienta seus associados sobre a importância da entrega das notas para empenho dentro do prazo, condição para o pagamento. Empresas não associadas também prestam o serviço ao Estado, desde que cumpram as exigências dos editais.

Não há dados oficiais sobre o número mensal de corpos recolhidos pelas funerárias. Carla Ferreira informou que, em Costa Rica, cidade com 26 mil habitantes, são atendidos de 5 a 8 casos a cada 30 dias.

Fonte: Midiamax