Ex-capitão da PMMS Paulo Xavier é liberado da prisão com tornozeleira eletrônica no Paraná
- porRedação
- 14 de Junho / 2024
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| Créditos: Reprodução/Campo Grande News
O ex-capitão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto Teixeira Xavier, conhecido como "PX", foi liberado da prisão após audiência de custódia em Sarandi, Paraná. Detido durante a Operação Money Poup, Xavier agora será monitorado eletronicamente.
Xavier, que estava preso na 9ª Delegacia de Polícia de Maringá desde o dia 11, foi detido em flagrante quando o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) encontrou munições e um carregador de pistola 9 mm em sua posse. Apesar de a operação ter inicialmente determinado apenas o monitoramento eletrônico, a descoberta das munições resultou em sua prisão.
Na audiência de custódia realizada em Maringá, a Justiça decidiu relaxar a prisão de Xavier, mantendo, porém, a exigência de monitoramento eletrônico. A tornozeleira foi colocada no ex-capitão às 18h01 da última quarta-feira (12).
A Operação Money Poup investiga crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento público e lavagem de bens. Ao todo, foram expedidos 37 mandados em Maringá, Sarandi e Santa Fé, visando cinco pessoas jurídicas e sete pessoas físicas. As investigações começaram em março de 2023, quando servidores do Detran-PR informaram o Gaeco sobre um esquema de venda de informações privilegiadas.
Entre os investigados está a empresa Poup Tempo Consultoria de Trânsito Ltda, pertencente a Xavier, suspeita de receber informações de servidores da Ciretran. A empresa foi aberta em agosto de 2022 com capital social de R$ 100 mil.
Paralelamente, investigações sobre a morte do filho de Xavier, Matheus Coutinho Xavier, levaram o Gaeco em Mato Grosso do Sul a desmantelar uma milícia comandada por Jamil Name e Jamil Name Filho. Matheus foi morto por engano em um ataque cujo alvo era o próprio ex-capitão. Jamil Name Filho e outros envolvidos foram condenados pelo crime em um julgamento ocorrido em julho de 2023.
Desde a prisão de Xavier, a reportagem tem tentado contato com sua defesa e com o próprio ex-policial, sem sucesso.