MPMS quer Jamilzinho presencial no 2º júri da Omertà; Defesa pede participação remota

Jamil Name Filho preso na Penitenciária Federal de Mossoró | Créditos: Manchete Popular

No segundo julgamento da operação Omertà, a defesa e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) divergem sobre a presença de Jamil Name Filho, o Jamilzinho, na sessão em Campo Grande. A defesa solicita que ele participe diretamente da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), enquanto o MPMS insiste na presença física do réu na Capital.

O julgamento, marcado para os dias 16 a 19 de setembro, trata da execução de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como Playboy da Mansão. Na última terça-feira (dia 11), a defesa de Jamilzinho, representada pelo ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Nefi Cordeiro, pediu a dispensa da presença física do réu em Campo Grande.

Em contrapartida, na quarta-feira, o MPMS argumentou a favor da presença de Jamilzinho. A promotoria destacou que o júri poderá se estender por vários dias e horários além do expediente normal, demandando a disponibilidade de servidores e ocupando o sistema de videoconferência do presídio de Mossoró. Além disso, problemas técnicos frequentes na penitenciária poderiam interromper o julgamento e dissolver o Conselho de Sentença.

Ainda não há decisão sobre os pedidos da defesa e do MPMS.

Marcel Colombo foi executado à queima-roupa em um bar de Campo Grande na madrugada de 18 de outubro de 2018. Além de Jamilzinho, também serão julgados o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, todos acusados pelo homicídio.

Histórico do Caso
Em um julgamento anterior, considerado o "júri da década", Jamil Name Filho, Marcelo Rios e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo foram condenados pela execução do universitário Matheus Coutinho Xavier, 19 anos, morto por engano. A sessão durou 32 horas, de 17 a 19 de julho de 2023, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

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