Conflito por lanche na escola estadual resulta em fratura de braço de aluno

| Créditos: Fabiana Braguin

Na tarde desta quinta-feira (21), um episódio de confronto entre estudantes na Escola Estadual Célia Maria Naglis, localizada no bairro Moreninhas III, em Campo Grande, terminou com um aluno do 4º ano sofrendo uma fratura nos dois ossos do braço direito. Segundo relatos da mãe da vítima, Bruna Fabiana Braguin dos Santos, o incidente ocorreu após seu filho esbarrar acidentalmente no lanche de um colega do 7º ano, derrubando-o no chão. O desfecho da situação demandou intervenção cirúrgica para o estudante ferido.

Conforme narrado por Bruna, testemunhas presentes no momento do incidente, que se dirigiram à coordenação da escola, descreveram o desenrolar dos eventos. "Me disseram que Pietro estava brincando na escola quando esbarrou em um aluno do 7º ano, fazendo com que o lanche que este carregava caísse. O colega começou a insultar Pietro, dizendo que ele deveria pagar pelo lanche perdido. Meu filho afirmou que foi um acidente e que não possuía dinheiro para ressarcir. Então, ele correu e o outro garoto o perseguiu, empurrando-o e chutando-o", relata a mãe indignada.

Além da preocupação com a integridade física do filho, Bruna critica a resposta da instituição, que teria comunicado terceiros antes mesmo de informá-la sobre o ocorrido. "Às 15h33, recebi uma ligação de uma amiga, informando que a coordenação havia entrado em contato com ela para dizer que Pietro havia se machucado", conta. Ela também destaca a ausência de supervisão no pátio no momento do incidente.

Após o contato telefônico, Bruna dirigiu-se à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do mesmo bairro, onde seu filho havia sido levado por funcionários da escola. "Vi ele na pediatria com a mão toda roxa e torta. Ele ainda não havia passado por radiografia, nem recebido medicação. Não havia sequer uma tala para imobilizar o braço dele", relata. Posteriormente, optou por transferir o filho para um hospital particular, onde foram colocados dois pinos no braço quebrado.

Durante uma troca de mensagens com a coordenadora da escola pelo WhatsApp, Bruna relata que recebeu pouca consideração sobre o ocorrido. Segundo ela, a coordenadora lamentou o incidente, argumentando que poderia ter acontecido em qualquer lugar e com qualquer criança. No entanto, Bruna insiste que seu filho foi agredido e exige medidas concretas da instituição.

Nesta sexta-feira (22), os pais dos envolvidos reuniram-se com a diretoria da escola para esclarecer o caso. Segundo Bruna, o aluno acusado de agredir seu filho confessou o ocorrido. Os pais dele alegaram que essa foi a primeira vez que ele se envolveu em uma situação desse tipo e que ele não costuma ser violento. Durante a reunião, o pai da vítima exigiu que os responsáveis pelo agressor arcassem com os custos do tratamento fisioterápico e médico da criança.

Em resposta ao incidente, a Secretaria de Estado de Educação (SED) declarou que, de acordo com informações da direção da escola, houve um conflito entre dois estudantes, prontamente contido pelos servidores da instituição. A SED atribui a fratura do aluno a uma queda, e não à confusão com o colega. "Seguindo o protocolo da Rede Estadual de Ensino, os pais/responsáveis foram comunicados sobre o fato para o devido atendimento e encaminhamentos, bem como para o preenchimento de ata e aplicação das sanções previstas no regimento escolar", afirma.

Contrariando a posição da secretaria, Bruna afirma que registrará um boletim de ocorrência após deixar o hospital com o filho e pretende processar tanto os pais do aluno envolvido quanto a escola.

Com informações do Campo Grande News

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