O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o recurso do general Walter Braga Netto, que busca a revogação de sua prisão preventiva. Moraes aguardará a análise da PGR antes de decidir sobre o caso.

Na semana passada, o ministro havia mantido a prisão do general, justificando que a liberdade de Braga Netto poderia comprometer a ação penal. A defesa, por sua vez, argumenta que não há mais investigações a serem protegidas e que o processo já está em fase avançada, especialmente após o levantamento do sigilo da delação do tenente-coronel Mauro Cid.

Braga Netto foi detido preventivamente em dezembro de 2024, sob suspeita de tentar obstruir investigações relacionadas a um plano golpista. A Polícia Federal aponta que ele teria buscado informações sigilosas da delação de Cid para repassar a outros investigados e coordenado versões com aliados. O general se tornou réu no processo em março, após a denúncia ser aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF