Autoridades manifestam preocupação e comentam editorial sobre riscos da internet para crianças

Óbito foi declarado oficialmente três dias depois, quando a família também registrou a ocorrência policial. | Créditos: Reprodução


A crescente vulnerabilidade de crianças e adolescentes no ambiente digital tem gerado manifestações de preocupação por parte de importantes figuras políticas e da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS). O debate se intensificou após o editorial "O Sequestro da Infância", da jornalista Alcina Reis, que abordou desde a trágica morte da jovem Sarah no Rio de Janeiro, vítima de um desafio virtual, até a ampla gama de problemas decorrentes do uso excessivo da internet por essa faixa etária.

O Conselheiro Federal e Membro Honorário Vitalício da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche, classificou a reflexão da jornalista como "excelente", enfatizando a necessidade de "redobrar as atenções com nossos pequenos, nesse mundo digital sem fronteiras".

Na esfera estadual, o deputado Coronel David (PL) parabenizou Alcina Reis pelo editorial, considerando o tema "extremamente preocupante" e demandando "ações de todos". O parlamentar ressaltou a vulnerabilidade de crianças e adolescentes no "universo da internet" e a urgência de "debruçar nisso e buscar soluções".

A nível federal, o deputado Dagoberto (PSDB) ecoou a preocupação, lamentando a dificuldade em avançar com regulamentações para mitigar os abusos online. O deputado afirmou que "tentamos pautar muitas vezes, mas tem bancadas que vivem da enganação e da mentira, por isso, não conseguimos até hoje regras que possam diminuir abusos da internet, infelizmente estamos sempre correndo atrás do rabo".

O editorial de Alcina Reis propôs medidas concretas para enfrentar o problema, como a instituição de um cadastro obrigatório de faixa etária vinculado aos aplicativos acessados nos dispositivos. A sugestão envolve a criação e comercialização por parte das operadoras de planos de internet atrelados ao CPF de crianças e adolescentes, estabelecendo uma barreira inicial contra o acesso irrestrito. Adicionalmente, o editorial sugeriu o desenvolvimento de um aplicativo governamental para que pais ou responsáveis possam monitorar, em tempo real, tentativas de burlar essa proteção.

A urgência do tema é um ponto central nas manifestações, com a clara mensagem de que as autoridades não podem mais ignorar a gravidade da situação e a necessidade de ações efetivas para proteger a infância e a adolescência no ambiente digital.

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