Na última terça-feira, Thiago Giovanni Demarco Sena, de 27 anos, foi detido pelas autoridades policiais da 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande. O indivíduo havia sido condenado no ano anterior pelo trágico falecimento de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, ocorrido em fevereiro de 2017. O crime chocou a população, pois o jovem foi vítima de um incidente terrível, tendo uma mangueira de compressão, utilizada em serviços de lavagem automotiva, inserida em seu ânus. A prisão de Thiago se deu cerca de um mês após a emissão do mandado de prisão pelo juiz Carlos Alberto Garcete, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Durante o julgamento, as defesas de Thiago e de seu coacusado, Willian Enrique Larrea, de 36 anos e proprietário do lava a jato em questão, sustentaram que o ocorrido foi apenas uma "brincadeira de mau gosto", negando qualquer intenção de causar danos ou a morte de Wesner.

Thiago e Willian foram submetidos ao júri popular em março do ano anterior, em um processo que se estendeu por doze horas. Ao final, a dupla foi sentenciada a 12 anos de reclusão pelo assassinato de Wesner.

Na ocasião do veredito, o juiz Carlos Alberto Garcete havia ordenado que a pena fosse cumprida em regime fechado, porém, ambos os réus deixaram o Tribunal do Júri de forma aparentemente livre, apoiados no direito de recorrer em liberdade.

Após um ano da decisão, o magistrado determinou a prisão de Thiago e Willian. O proprietário do lava a jato foi capturado em 27 de fevereiro deste ano e encaminhado ao Centro de Triagem Anísio Lima.