Whindersson Nunes faz apelo por legislação contra disseminação de informações falsas após tragédia envolvendo jovem

Whindersson Nunes lamenta fake news | Créditos: AgNews/Leo Franco

O influenciador digital Whindersson Nunes expressou sua consternação com o trágico falecimento de Jéssica Vitória Canedo, 22 anos, vítima de notícias falsas que a relacionavam a ele. Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Nunes propôs a elaboração de uma legislação específica para regulamentar a atuação de perfis em plataformas online, destacando os perigos do que chamou de "jornalismo não oficial".

"Quero iniciar um movimento para ver se contribui para a gente criar uma lei chamada Jéssica Vitória, para aprimorar a legislação brasileira com esse 'jornalismo não oficial' que é muito perigoso", declarou Whindersson.

Ele alertou sobre os riscos das fake news, salientando como essas informações falsas podem prejudicar profundamente a vida das pessoas. O youtuber expressou preocupação com perfis que possuem uma grande quantidade de seguidores, mas que não se preocupam com a veracidade dos fatos.

No mesmo vídeo, Whindersson se comprometeu a acompanhar de perto as investigações sobre o caso. Com emoção visível, expressou solidariedade à mãe de Jéssica, relembrando sua própria perda após a morte prematura de seu filho João Miguel, em maio de 2021.

O incidente se desencadeou quando perfis de fofocas divulgaram supostos prints de conversas entre Jéssica e Whindersson, ambos negando veementemente a veracidade das mensagens e afirmando que não se conheciam. A estudante chegou a publicar uma extensa mensagem em sua conta no Instagram, denunciando os ataques e solicitando a remoção das postagens com os prints falsos. Dias depois, seus familiares comunicaram seu falecimento.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, referiu-se ao triste episódio envolvendo a morte da jovem para argumentar a necessidade de responsabilizar tanto os propagadores de conteúdo falso quanto as empresas responsáveis pelas plataformas online. "A regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório", afirmou Almeida.

Ele também compartilhou uma publicação do deputado Orlando Silva (PC do B-SP), relator de um projeto de lei sobre fake news, destacando a importância de mudar o panorama de responsabilidade das plataformas digitais. O deputado enfatizou que o caso não se trata de uma questão política partidária, mas sim de um desafio civilizatório que demanda soluções para combater a disseminação de conteúdos nocivos incentivados pelos algoritmos das redes sociais.

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