Vídeo: Conselho Tutelar acolhe criança espancada com cabo de vassoura em Campo Grande; padrasto e mãe são indiciados
- porRedação
- 27 de Fevereiro / 2024
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Uma criança de 8 anos, brutalmente espancada com um cabo de vassoura pelo padrasto de 40 anos e vítima de maus-tratos pela mãe de 31, foi resgatada pelo Conselho Tutelar em Campo Grande, no Jardim Noroeste.
Alegações iniciais, incluindo a possibilidade de a criança ser portadora de necessidades especiais, não foram confirmadas pelas autoridades policiais, que estão conduzindo a investigação do caso.
Imagens chocantes, datadas desde o mês de janeiro, mostram o garoto sendo agredido pelo padrasto, além de ser trancado e abandonado pela mãe sob péssimas condições Há registros também do menino tentando fugir do ambiente familiar.
Revoltados com a situação de abandono e violência, vizinhos decidiram instalar câmeras de segurança para documentar as agressões.
Uma denunciante afirmou que o caso já havia sido comunicado à polícia há três meses, mas apenas ganhou formalidade na última segunda-feira, após a divulgação das imagens.
Imagens no vídeo abaixo mostram o menino sendo agredido pelo padrasto com um cabo de vassoura, enquanto a mãe observa passivamente. Outros vídeos exibem o menino sendo deixado do lado de fora da casa em meio à chuva, enquanto a mãe o ignora e entra na residência. Em outra ocasião, o menino tenta fugir, pulando o portão.
O último vídeo, datado do domingo (25), mostra a criança nua, resultando em mais uma denúncia da comunidade, que não suporta mais testemunhar tais atos de violência e negligência.
Após uma denúncia preocupante, medidas protetivas urgentes foram solicitadas, resultando no indiciamento do casal nesta terça-feira (27) por crimes de maus-tratos.
Os acusados, em declarações à polícia, afirmaram que recorriam à violência como forma de correção disciplinar. Ambos, padrasto e mãe, foram formalmente indiciados por maus-tratos qualificados.
Depois de depoimentos da vítima, dos autores e de testemunhas, medidas de proteção foram acionadas e a criança está agora sob os cuidados do Conselho Tutelar. O desfecho desse caso angustiante continua sob investigação pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
"A ausência de provas substanciais impossibilitou a prisão em flagrante, visto que a criança estava apenas nua, o que não configura crime, e os vídeos anteriores não foram considerados suficientes como prova por serem de datas anteriores", explicou a denunciante.
Matéria editada para atualização