Vereador ordenou derrubada do Portal da Transparência para encobrir desvio de verbas públicas
- porRedação
- 04 de Abril / 2024
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Na mais recente reviravolta do escândalo de corrupção que assola Sidrolândia, revelações explosivas emergem sobre a manipulação do Portal da Transparência da Prefeitura para ocultar desvios de verbas públicas. O vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra, conhecido como "Claudinho Serra" (PSDB), está no centro do furacão, junto com Carmo Name Junior, ambos detidos na Operação Tromper deflagrada recentemente.
Conforme apurado pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gaeco), a derrubada do sistema visava camuflar pagamentos irregulares de diárias, parte de um esquema de desvio sistêmico de recursos públicos que, segundo as autoridades, drenava milhões dos cofres municipais.
Diálogos interceptados pelo Gaeco revelam os planos sinistros do vereador Serra e de Carmo Name. Em uma conversa datada de 20 de março de 2023, Serra instrui Name a desabilitar o acesso público ao Portal da Transparência, garantindo que toda a plataforma ficasse indisponível por tempo determinado, enquanto manobras obscuras eram executadas nos bastidores.
Serra não economiza detalhes, delineando um plano para cobrir os rastros do esquema corrupto: “Manda ele fazer agora pra não entrar essas diárias aí”, ordenou ele.
O Gaeco não hesita em apontar Serra como o cérebro por trás do esquema nefasto, classificando-o como "mentor e beneficiário do esquema criminoso".
Além de Serra e Name, a operação resultou na prisão de outros envolvidos, incluindo Ueverton da Silva Macedo, conhecido como “Frescura”, Ricardo José Rocamora Alves, Milton Matheus Paiva Matos, Ana Cláudia Alves Flores, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa e Thiago Rodrigues Alves.
Para o Ministério Público, o que está em jogo não é apenas um episódio isolado de corrupção, mas sim um “duradouro esquema de corrupção incrustado na atividade administrativa do município de Sidrolândia”.
A Operação Tromper foi realizada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e Gaeco, com o apoio do Batalhão de Choque, como parte de um esforço contínuo para erradicar a corrupção em todas as suas formas.