Vereador de Bela Vista será julgado por suspeita de beneficiar empresa da qual foi sócio
- porRedação
- 17 de Abril / 2025
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| Créditos: Foto: Reprodução/BVNEWSMS
O vereador Johnys Hemory Denis Basso, de Bela Vista, será julgado por suspeita de ter simulado a venda de uma empresa para beneficiar o próprio negócio quando ocupava o cargo de secretário municipal de Saúde entre 2009 e 2012. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a acusação, Johnys teria vendido formalmente o Centro de Patologia Clínica Armando Basso (atualmente Bioclinic Serviços Laboratoriais Ltda) um dia antes de assumir o cargo, com o objetivo de evitar impedimentos legais para contratar a empresa com o poder público. Já nomeado secretário, ele teria firmado contrato no valor de R$ 62,8 mil com a empresa, seguido de aditivos e um novo contrato em 2011, no total de R$ 102,3 mil.
A promotoria afirma que a venda foi apenas simulada e que o ex-secretário continuou ligado à empresa após a formalização da transação. Exames assinados por ele em 2012 e depoimentos de testemunhas, incluindo a secretária que o sucedeu na pasta, indicariam que Johnys ainda atuava no laboratório e que sua esposa trabalhava no local. A acusação também destaca que os supostos compradores não teriam feito qualquer pagamento, enquanto Johnys realizou depósitos para a empresa mesmo após a venda.
O MP pede a condenação por improbidade administrativa, nulidade dos contratos, devolução de R$ 219,1 mil aos cofres públicos, pagamento de R$ 100 mil por danos morais coletivos e indisponibilidade de bens dos envolvidos: Johnys, os empresários Rafael Donha e Vicente Valter Coronel, a empresa Bioclinic e o então prefeito da época, Francisco Emanoel Albuquerque, o Chico Maia.