União Brasil e PP formalizam maior Federação Partidária no Congresso

| Créditos: Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados


Em cerimônia no Congresso Nacional nesta terça-feira (29), União Brasil e Progressistas (PP) oficializaram a federação partidária União Progressista (UP). A nova aliança reúne 109 deputados federais, 14 senadores e seis governadores, tornando-se a maior força política do Congresso.

O evento contou com a presença dos presidentes das legendas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), além de parlamentares e outras lideranças. O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), elogiou a união como um sinal de maturidade institucional.

A federação, com atuação em todos os estados, terá liderança alternada entre Rueda e Nogueira até o final de 2025. Apesar de manterem suas estruturas individuais, os partidos atuarão em bloco por no mínimo quatro anos, conforme as regras eleitorais.

A UP supera o PL (92 deputados) e a federação PT-PCdoB-PV (80 deputados) em número de representantes na Câmara, ganhando maior influência nas negociações legislativas e na distribuição de cargos nas comissões.

Impacto em Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, a federação pode gerar um realinhamento político, unindo a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que foram adversárias na última eleição municipal. A senadora Tereza Cristina (PP) desponta como principal liderança estadual da UP, que contará ainda com o deputado federal Luiz Ovando (PP) e os deputados estaduais Gerson Claro, Londres Machado (ambos do PP) e Roberto Hashioka (União). A federação terá a maior bancada na Câmara Municipal de Campo Grande, com sete vereadores.

Manifesto e Propostas

Em seu manifesto, a União Progressista defende o fortalecimento da governabilidade, a redução da fragmentação partidária e a superação da "demostagnação" econômica. Sob o lema “Por um Choque de Prosperidade e pela Modernização do Estado”, a federação propõe responsabilidade fiscal e social, estímulo ao empreendedorismo, atração de investimentos e reformas estruturantes, com foco na administrativa.

O documento critica o desempenho econômico brasileiro desde a redemocratização e argumenta que o Estado precisa ser reformulado para impulsionar o crescimento.

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