Surto de virose sobrecarrega serviços de saúde em Campo Grande

| Créditos: Reprodução/Topmidia

O aumento significativo de casos de viroses respiratórias e gastrointestinais está impactando severamente as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Campo Grande. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está orientando os pacientes com sintomas leves a procurarem uma das 74 unidades básicas e de saúde da família distribuídas pela cidade, visando aliviar a demanda nas UPAs e nos Centros Regionais de Saúde (CRSs).

As viroses respiratórias, caracterizadas por sintomas como falta de ar, dor de garganta, coriza e dor de ouvido, assim como as gastrointestinais, que podem manifestar-se através de constipação, diarreia e cansaço, estão contribuindo para o aumento do fluxo de pacientes nas unidades de saúde.

Na manhã de hoje, na UPA Santa Mônica, a diarista Sandra Cristina Gomes, de 55 anos, acompanhava seu filho de 25 anos, que apresentava sintomas de virose, incluindo febre alta, dor de cabeça e coriza. Sandra relatou que, apesar de chegar por volta das 4h, o movimento estava tranquilo inicialmente, porém tornou-se mais intenso após algumas horas, resultando em tempos de espera prolongados.

A situação na UPA Coronel Antonino é ainda mais preocupante, com muitas pessoas aguardando atendimento do lado de fora da unidade. O número de casos de virose respiratória e gastrointestinal mais que triplicou nos primeiros dias desta semana em comparação com o domingo (21), quando foram atendidos 1.492 pacientes, e a segunda-feira (22), que registrou 6.455 atendimentos.

Devido ao aumento da demanda, a Sesau anunciou a ampliação do número de funcionários nas unidades, reestruturação do fluxo de atendimento e iniciou negociações para obter mais leitos hospitalares. A secretária Rosana Leite recomendou enfaticamente que pessoas com sintomas respiratórios usem máscaras, especialmente em ambientes fechados e com aglomeração, incluindo as próprias unidades de saúde onde buscam atendimento.

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