OAB-MS Acompanha Ação do Gaeco Contra Advogados e Promete Medidas Disciplinares
- porRedação
- 24 de Abril / 2024
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OABMS Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Mato Grosso do Sul | Créditos: Reprodução/OABMS
A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) está acompanhando as ações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagradas nesta quarta-feira (24). A operação visa servidores públicos, policiais militares e advogados suspeitos de envolvimento com o tráfico de armas e drogas.
Segundo comunicado da OAB, a Comissão de Defesa e Assistência da instituição esteve presente durante o cumprimento dos mandados de prisão preventiva e busca e apreensão. Dos cerca de 40 suspeitos envolvidos na quadrilha liderada por Rafael da Silva Lemos, conhecido como "Gazela" ou "Patrão", três são advogados.
A entidade afirma que tomará todas as medidas legais cabíveis, incluindo as disciplinares, respeitando os princípios do contraditório e da ampla defesa, assim como as prerrogativas da advocacia.
A ação é desdobramento da Operação Courrier e recebeu o nome de Operação Last Chat, com 55 mandados judiciais sendo cumpridos em Campo Grande, Ponta Porã, São Paulo e Fortaleza. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), a quadrilha não apenas traficava drogas, mas também comercializava armas de grosso calibre e lavava o dinheiro obtido ilegalmente.
As investigações revelaram que Rafael da Silva Lemos, mesmo estando preso e com condenações que ultrapassam 49 anos de prisão, coordenava as atividades criminosas utilizando celulares obtidos de forma irregular. Os trabalhos do Gaeco tiveram início a partir da análise do celular de uma advogada detida durante a Operação Courrier, que posteriormente foi beneficiada com prisão domiciliar.
Ao longo das investigações, foram apreendidas mais de 4 toneladas de maconha, além de milhares de comprimidos de ecstasy, munições e armamentos. Estima-se que as apreensões tenham causado um prejuízo financeiro superior a R$ 9 milhões ao crime organizado.