Após a prisão do vereador Cláudio Serra Filho (PSDB), o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, procurou o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) em busca do nome do suplente para ocupar a cadeira, caso o afastamento do titular seja mantido.

Serra foi detido em 3 de abril durante a 3ª fase da Operação Tromper, sob a acusação de liderar um grupo que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia, onde atuou como secretário de Fazenda na gestão da prefeita Vanda Camilo (PP).

Segundo o presidente da Câmara, o vereador será afastado se permanecer ausente por 10 sessões, o que ocorrerá em 7 de maio. A incerteza sobre quem assumirá a vaga decorre das mudanças ocorridas durante a janela partidária, que alterou o cenário dos partidos e a representação na câmara.

Conforme estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nas eleições proporcionais, o mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito, o que implica em obrigação de lealdade partidária.

Na eleição de 2020, o PSDB conquistou três das 29 cadeiras na Câmara Municipal. Com a saída de Mattogrosso, que assumiu como deputado estadual, e a subsequente renúncia de Santana, a vaga foi ocupada por Claudinho Serra. Com a sua prisão, a vaga pode ser assumida por Giancarlo Josetti Sandim, o oitavo suplente do partido, por cerca de oito meses.

Sandim ficou como próximo na linha de sucessão após a migração de outros cinco ex-vereadores do PSDB para outras siglas, deixando-o como o próximo na lista.

A reportagem tentou entrar em contato com Giancarlo Sandim para comentar a possibilidade de assumir o mandato, mas não obteve resposta. Em 2022, Sandim disputou uma vaga como deputado estadual pelo PSDB, mas recebeu apenas 850 votos. Atualmente, ele ocupa um cargo comissionado na Casa Civil do Governo do Estado.