Suplente de vereadora é suspeita de comprar imóveis com fundos Iigados à fraude no INSS

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) | Créditos: Rafa Neddemeyer/ Agência Brasil


A Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e CGU, investiga um esquema nacional que teria causado prejuízo de mais de R$ 6 bilhões a aposentados do INSS por meio de descontos associativos indevidos. Entre os alvos, está Thaisa Daiane Silva de Lucena, suplente de vereadora em Campo Grande pelo MDB e secretária-geral da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura).

Segundo a investigação, Thaisa teria adquirido dois imóveis em Mato Grosso do Sul – uma casa em Campo Grande e uma gleba em Bandeirantes – por R$ 600 mil, entre 2022 e 2025. A Contag, apontada como uma das entidades envolvidas, teria movimentado mais de R$ 2 bilhões com recursos oriundos dos descontos. No total, os investigados teriam comprado R$ 35 milhões em imóveis.

O juiz federal Frederico Viana afirmou que, até o momento, não há provas contundentes de que os bens tenham sido adquiridos com recursos ilícitos. Apesar disso, o Governo Federal suspendeu os convênios com as entidades investigadas e informou que os valores serão devolvidos aos aposentados. Um plano de ressarcimento está em elaboração.

A operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, além de seis de prisão temporária em 14 estados e no Distrito Federal. Conforme a CGU, a maioria dos 1,3 milhão de beneficiários não reconheceu ter autorizado os descontos. O escândalo levou à saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, substituído por Wolney Queiroz.

O espaço segue aberto para manifestação de Thaisa Daiane.

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