STF marca julgamento de mulheres de MS por atos de 8 de Janeiro

Supremo libera que esse tipo de linguagem seja aplicada | Créditos: Antonio Augusto/STF


O Supremo Tribunal Federal agendou para o período de 1º a 8 de agosto o julgamento de Aparecida Solange Zanini e Silvia Monteiro Sampaio de Souza, de Três Lagoas (MS), acusadas de participação na invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023. Elas podem ser as primeiras mulheres de Mato Grosso do Sul condenadas a prisão pelos crimes relacionados ao episódio.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, incluiu a denúncia contra as três-lagoenses no julgamento virtual. A Justiça chegou a decretar a prisão preventiva de Aparecida Solange Zanini.

O Ministério Público Federal, representado pelo procurador-geral Paulo Gonet, requereu a condenação das duas por cinco crimes, com pena que pode ultrapassar 10 anos de reclusão. Entre as acusações estão associação criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Segundo o PGR, as acusadas foram flagradas pela Polícia Rodoviária Federal no dia 9 de janeiro, no momento em que retornavam de Brasília. Aparecida confirmou que organizou uma caravana com 42 pessoas financiada por empresários locais, com valor superior a R$ 11 mil.

Além disso, o procurador citou vídeos e postagens das duas nas redes sociais em que elas exibiam atos de invasão e depredação, afirmando que estavam em "guerra" para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Paulo Gonet destacou ainda que as provas indicam participação ativa das rés na tentativa de depor o governo legitimamente eleito e abolir o Estado Democrático de Direito.

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