STF adia para maio julgamento de militares de Campo Grande acusados de tentar golpe de Estado

| Créditos: REPRODUÇÃO/FACEBOOK/CENTRO DE PREPARAÇÃO DE OFICIAIS DA RESERVA DE PORTO ALEGRE


O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para maio a análise da denúncia contra militares de Campo Grande acusados de envolvimento em tentativa de golpe de Estado. O coronel Bernardo Romão Corrêa Netto e o major Sérgio Ricardo Cavaliére de Medeiros integram o chamado "Núcleo 3", apontado como responsável por ações táticas no suposto plano.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentada em fevereiro, inclui os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Inicialmente prevista para esta semana, a análise foi reagendada pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma do STF, para os dias 20 e 21 de maio. Nessa fase, os ministros avaliam se a denúncia tem elementos suficientes para abertura de ação penal.

Corrêa Netto, ex-comandante do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado em Bela Vista, teria pressionado o Alto Comando do Exército e participado de reuniões sobre a assinatura de um “decreto golpista”. Ele foi preso nos Estados Unidos em fevereiro deste ano durante a Operação Tempus Veritatis.

Já o major Cavaliére teria trocado mensagens com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, discutindo a disseminação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral. A PGR também atribui a ele declarações que sugeriam apoio à ruptura institucional.

Além deles, o Núcleo 3 inclui outros militares da ativa e da reserva, além de um policial federal.

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