Soja em Queda: Mercado global sob pressão
- porRedação
- 19 de Agosto / 2024
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O mercado global de soja enfrentou uma semana de quedas significativas, impulsionadas por revisões para cima na produção norte-americana e um ritmo acelerado de exportações brasileiras. As expectativas de uma safra abundante nos Estados Unidos, aliadas à forte demanda chinesa pela soja brasileira, pressionaram os preços tanto em Chicago quanto no mercado interno.
O Relatório de Oferta e Demanda do USDA, que elevou as projeções de área plantada, produtividade e produção nos EUA, foi um dos principais catalisadores para a queda nos preços. As exportações norte-americanas também foram revisadas para cima, enquanto o Brasil exportou quase 2,4 milhões de toneladas de soja nos primeiros sete dias úteis de agosto, com a China como principal destino.
Esse cenário de oferta abundante impactou os preços em Chicago, com o contrato de soja para agosto de 2024 fechando em U$9,37 por bushel, uma queda de 5,16%. No Brasil, a desvalorização do dólar frente ao real também pressionou os preços no mercado físico.
Perspectivas e Oportunidades
A safra norte-americana de soja segue como um fator crucial para o mercado. Apesar da crescente demanda, a produção projetada em 124,9 milhões de toneladas deve manter um balanço positivo da oferta, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. A previsão para a temporada 2023/24 também é otimista, com um aumento de 8% na produção esperada.
No Brasil, a expectativa para a próxima safra se mantém em 105 milhões de toneladas. No entanto, analistas apontam para uma possível correção nos preços em Chicago, que caem desde junho de 2022. Após semanas de quedas acentuadas, o mercado pode experimentar um alívio com possíveis realizações de lucro, trazendo algum respiro aos produtores que têm enfrentado um cenário de preços desvalorizados.
Essa perspectiva de correção é vista como uma oportunidade de recuperação, especialmente para os produtores brasileiros, que também estão sentindo o impacto da recente queda do dólar no momento da comercialização.
Em suma, o mercado de soja enfrenta um momento desafiador, com preços pressionados pela alta oferta e ritmo exportador acelerado. No entanto, a possibilidade de uma correção nos preços em Chicago e a expectativa de uma safra abundante no Brasil trazem um vislumbre de otimismo para o setor.