Sindicatos de servidores de instituições federais de ensino em Mato Grosso do Sul anunciaram a adesão à paralisação nacional nesta terça-feira, 11 de março. A decisão foi motivada pela falta de avanços nas negociações com o Governo Federal, especialmente em relação aos reajustes salariais de 2025 e 2026 e ao cumprimento integral do Acordo de Greve de 2024.

Em Campo Grande, a paralisação será organizada pelo Sista-MS (Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UFMS) e pela Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), com uma passeata seguida de ato político e assembleia na UFMS. Em Dourados, o Sintef (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Mato Grosso do Sul) e a Aduf Dourados (Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Grande Dourados) liderarão as manifestações, que também incluirão ações voltadas para o bem-estar dos servidores e suas famílias.

A Medida Provisória 1286/2024, que condiciona os reajustes à aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, é um dos principais pontos de discordância. Os servidores criticam a indefinição no Congresso Nacional e a falta de respostas concretas do governo, que, segundo os sindicatos, tem apresentado apenas "medidas paliativas".

A paralisação faz parte da Semana de Mobilização, de 10 a 14 de março, com ações em todo o Brasil para pressionar pela aprovação da LOA e pelo cumprimento dos acordos. O Sinasefe, sindicato que representa os servidores do Instituto Federal (IFMS) e Colégio Militar (CMCG) em Mato Grosso do Sul, não confirmou adesão oficial ao movimento.