A maioria da bancada federal de Mato Grosso do Sul se posicionou contra o decreto do Governo Federal que previa o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Dos oito deputados do Estado, seis votaram pela revogação da medida, enquanto apenas dois — Camila Jara e Vander Loubet, ambos do PT — foram favoráveis à manutenção do aumento.

O decreto fazia parte do esforço do governo Lula (PT) para equilibrar as contas públicas e manter investimentos em programas sociais. Já entre os parlamentares que votaram pela suspensão estão Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira (PL).

A pauta foi levada à votação após anúncio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que afirmou que a maioria dos deputados rejeita o aumento de tributos como alternativa para cumprir o novo arcabouço fiscal.

O Ministério da Fazenda defendeu o decreto como instrumento para corrigir distorções e ampliar a arrecadação, especialmente sobre setores isentos ou menos tributados. Entre os principais pontos da proposta estavam o aumento da taxação de apostas eletrônicas (de 12% para 18%), a equiparação da CSLL de fintechs com a dos bancos (de 9% para 15%) e a tributação de investimentos como LCI e LCA, atualmente isentos de Imposto de Renda.

Após a revogação, o deputado Rodolfo Nogueira comemorou o resultado, criticando o que chamou de aumento da carga tributária em um cenário de alta no custo de vida.