Apoio a Lula dificulta candidatura de Simone Tebet ao Senado pelo MDB em MS

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet | Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil


A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), enfrenta resistência dentro do próprio partido para viabilizar uma eventual candidatura ao Senado por Mato Grosso do Sul. A principal objeção vem da aliança que mantém com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reprovada pela maioria das lideranças estaduais do MDB.

Segundo o ex-governador André Puccinelli, a candidatura só teria chance com uma intervenção da executiva nacional do partido. “Sendo apoiada pelo Lula, não terá êxito para obter a candidatura. Só com intervenção da nacional”, afirmou.

Deputados estaduais do MDB compartilham da mesma posição, embora reconheçam o prestígio nacional de Simone, que cresceu no partido após a disputa presidencial de 2022, quando ficou em terceiro lugar, superando Ciro Gomes (PDT).

Simone admite a possibilidade de concorrer ao Senado, mas ressalta que ouvirá Lula antes de tomar qualquer decisão. Também não descarta seguir como ministra até o fim do mandato. Além disso, ela é cotada como possível vice em uma eventual chapa de reeleição de Lula, junto com nomes como o atual vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o governador Helder Barbalho (PA) e o ministro Renan Filho (Transportes).

Nos bastidores, o MDB articula uma federação com o Republicanos, o que pode levar o partido a apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026, afastando-se da base de Lula.

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