A Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) solicitou à Secretaria Estadual de Administração (SAD) a retomada do pregão eletrônico para definir a empresa responsável pela plataforma de operações da nova loteria estadual, Lotesul. O pedido consta em documento assinado pela coordenadora de licitação da Sefaz.

A licitação, iniciada em 17 de março e suspensa pouco depois devido a um pedido de esclarecimento, é marcada por valores significativos, com estimativa de receita média anual da plataforma superior a R$ 51 milhões. A Sefaz agora considera que a paralisação foi indevida, pois o questionamento foi protocolado fora do prazo estipulado no edital, que previa até três dias úteis antes do pregão para tais solicitações.

O questionamento, feito por um engenheiro de São Paulo, indagava sobre a necessidade de identificação do participante. A resposta da Sefaz esclareceu que o prazo para pedidos de informação havia expirado e que a dúvida poderia ser sanada com a leitura do edital.

Três empresas foram classificadas na licitação, com propostas de repasse de percentual da receita bruta de 21,57%, 17,20% e 16,17%. Os nomes dos licitantes não foram divulgados.

Nos bastidores da licitação, há menções à disputa entre as famílias Name, com base em Campo Grande, e Razuk, tradicional em Dourados. Jamil Name Filho, atualmente preso, contesta o pregão. Um elo com os Razuk surgiu em um processo movido pela empresa Criativa Technology Ltda., com sede em Dourados, que tentou suspender a licitação judicialmente. As custas judiciais da ação foram pagas por Roberto Razuk, que alega ser apenas um amigo da empresa.