Com cirurgias eletivas suspensas por falta de reajuste contratual com o poder público, a Santa Casa de Campo Grande espera receber R$ 25 milhões em emendas parlamentares para amenizar sua crise financeira. Os recursos, ainda aguardando liberação federal, foram anunciados pelo secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

Os valores deverão ser repassados ​​ao Fundo Estadual de Saúde por meio de emendas aos deputados Luiz Ovando (PP), Beto Pereira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB) e Dagoberto Nogueira (PSDB), além da senadora Tereza Cristina (PP). Segundo Corrêa, o montante deverá ser parcelado e utilizado para cobrir despesas urgentes do hospital.

A audiência, proposta do deputado estadual Pedrossian Neto (PSD), reuniu profissionais da saúde e representantes de hospitais filantrópicos para discutir soluções, incluindo a isenção de ICMS para medicamentos e equipamentos e a revisão dos contratos com o Estado.

A Santa Casa enfrentou um déficit mensal de R$ 13,2 milhões e um prejuízo acumulado de R$ 158 milhões em 2024. Atualmente, o hospital recebe R$ 32 milhões por mês do poder público, mas a administração afirma que seriam necessários R$ 45 milhões para equilibrar as contas.

A prefeitura de Campo Grande anunciou um novo contrato de repasse mensal à Santa Casa, ampliando o valor de R$ 5 milhões para R$ 6 milhões a partir do próximo mês. O governo estadual, que já destina R$ 9 milhões mensais, estuda aumentar sua participação no financiamento do hospital.